O tripé macroeconômico aponta que economias que querem ser maduras precisam estabelecer metas de inflação, praticar rigor fiscal e na política cambial adotar câmbio flutuante.
Especificamente na questão da taxa de câmbio o Real está cada vez mais volátil. Isso tem inúmeras explicações técnicas: baixo fluxo de dólares, juros não atrativos aos estrangeiros, queda no saldo da balança comercial, risco Brasil e não menos importantes questões políticas, notadamente quando estas prevalecem as indicações técnicas.
Considerando os desafios fiscais do Brasil, a introdução prematura das eleições presidenciais de 2022 no debate atual e ainda os efeitos da pandemia do novo coronavírus, não há como garantir que a taxa de câmbio se mantenha estável.
Fatores pontuais ou o conjunto de fatores, sempre irão impactar negativamente no câmbio, e mesmo havendo a possibilidade de atuação do Banco Central neste mercado, o que leva a chamada flutuação suja, não há garantia que o dólar assumirá um piso que garanta previsibilidade de seu comportamento futuro.
As oscilações diárias, para mais e para menos, só confirmam o que todos sabem, mas não entendem: o bom do câmbio flutuante é que flutua. Que siga assim.